PREFÁCIO

Este é um trabalho de pesquisa que realizei para difundir o livre pensamento sobre o tema em questão e expor meus pensamentos em relação as crenças e as religiões sobre a concepção de DEUS, DEUSES E ATEUS.
Os arquivos estão divididos em capítulos para melhor compreensão daqueles que porventura tenham a ousadia e coragem de ler opiniões diferentes.

terça-feira, 27 de julho de 2010

CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

A aflição humana em relação a sua existência na terra como ser vivo, que função ou razão existe para o sentido da vida aqui neste mundo, deixa nossos pensamentos e sentimentos confusos, angustiados diante de tantas teorias e explicações sobre o que somos, de onde viemos e para onde vamos. Perguntas sem respostas é o que mais temos. Verdades impostas que, com o passar do tempo não passam de mitos, fantasias, porque não dizer; verdadeiras mentiras criadas para os seres humanos terem domínios sobre os outros, exercendo seu poder e manipular mentes humanas por séculos e séculos.
Com uma formação católico-cristã, a influência exercida sobre minha personalidade desta religião, torna-se quase como imposição começar analisando a questão da vida dentro dos parâmetros da concepção bíblica sobre o mundo e tudo que nele existe. Não foi tarefa fácil chegar a conclusões que hoje tenho, passo a tê-las como convicções próprias de haver muitos enganos e mentiras na exposição dos fatos bíblicos que são impostas a maioria da população mundial, como verdades imutáveis que congregam muitos adeptos a uma crença de um Deus único, todo poderoso, que devemos temê-los para não chegar ao fogo do inferno. Tenho hoje uma grande tendência a fazer parte da categoria de seres humanos que os crédulos determinam de ATEUS, mesmo tendo enraizado na alma, espírito, pensamento, ou seja lá o que for, uma forte carga de pensamentos que me leva a pensar num Deus e que luto constantemente para tirar essa idéia inculcada no meu cérebro.
Nascemos e pouco a pouco vamos tomamos consciência do mundo a nossa volta, tudo já está pronto, somos recebidos e educados para aceitar tudo que nele está. Nossas mentes são preparadas para atuar dentro dos costumes e culturas daqueles que se encontram numa determinada época e lugar, num determinado tempo e espaço. Todos se organizam para influenciar esses novos seres a sua maneira de pensar e agir, são passados conhecimentos de geração para geração durante décadas, milênios. Aqueles que nasceram num ambiente familiar de católicos serão treinados para serem católicos, aqueles que nasceram num ambiente familiar de protestantes terão grande influencia para tornarem-se protestantes. Aqueles que nasceram no oriente médio ou noutra região qualquer terão sua cultura e costumes da região com seus próprios deuses e crenças e assim sucessivamente em todos os lugares, em todos os tempos desde que se tem conhecimento do ser humano na face da terra. Podemos afirmar que sua maneira de crer num Deus é uma imposição criada por aqueles que já se encontram na vida, no mundo. Mesmo tendo suas dúvidas na crença deste ou daquele Deus somos induzidos a crer no que eles acham que é ou não verdadeiro, Deus é mais uma imposição de que uma verdade absoluta. Há mais dúvidas do que razão na lógica dos fatos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

CAPÍTULO 2 - DEUS CRISTÃO E A CRIAÇÃO DE TUDO

DEUS CRISTÃO E A CRIAÇÃO DE TUDO

Para os cristãos, "No início, Deus criou o céu e a terra" Nos seis dias seguintes, Deus trabalhou muito: por volta do terceiro dia, criou o dia e a noite, os mares, a terra e as plantas; por volta do quinto dia, as estrelas, o sol e a lua, as criaturas do mar e os pássaros. No sexto dia, ele fez os animais e o ponto alto de sua criação: os seres humanos. Deixou o sétimo dia para descansar - por isso, os domingos são sagrados para os cristãos. Depois de criar o céu e a terra, Deus admira a sua obra.Para um homem sem cultura, ignorante, uma pessoa comum, esta teoria será aceita sem questionamentos, mas quando estudamos e pesquisamos o cosmo, quando lemos à história do universo dentro de uma concepção do Big Bang, quando estudamos astronomia e nos aprofundamos num pensamento mais filosófico esta afirmação bíblica da criação do mundo torna-se um mito, uma estória sem um mínimo de fundamento e dar-se-ia para sentir que quem criou esta concepção tinha uma mentalidade muito inferior aos conhecimentos da criação e leis que regem o universo conhecido hoje. Deus não esclareceu a eles a dimensão incomensurável do universo, aquilo que existe e não sabemos o tamanho, se é que tem tamanho, e propriamente o que é.Na seqüência da criação primeiramente ele criou o céu e a terra, depois o dia e noite, os mares, a terra, plantas, somente do quinto dia criou as estrelas, o sol e a lua, perceba o disparate. A terra veio primeiro que as estrelas, o céu quando criado não tinha nada no universo, Deus colocou depois. Deus se fez. Depois sua casa que era o céu para em seguida criar tudo. De acordo com os estudos e pesquisas da ciência isto é um absurdo, a terra ser mais nova que o universo, as estrelas, o sol.Diversas são as concepções da criação do mundo ou do universo, em alguma época ou em algum lugar sempre houve uma concepção da criação do mundo e do homem. Temos mitos criados ao longo dos tempos, uns tão engraçados que se tornaram fora de cogitação, e se compararmos a história da bíblia com esses mitos ela torna-se tão irrelevantes quanto às outras.
A PALAVRA DO DEUS ATUM
Os antigos egípcios, cuja civilização durou mais de dois milênios, criaram mitos bem complicados. Eles acreditavam que o universo começou quando o deus atum surgiu, simplesmente chamando seu próprio nome. Em seguida, atum vomitou seu irmão e sua irmã, Shu e Tefnut, que, por sua vez, geraram o deus Geb(que simboliza a terra) e a deusa Nut (O céu). Todos os egípcios nasceram dos filhos de Nut e Gem. Todo o ato da criação foi presenciado pelo olho que tudo vê, sem interferências. Na mitologia egípcia, os amantes Geb (a terra) e Nut (o céu) são separados um do outro, para que possam existir os dias. À noite, eles voltam a se unir.
O OVO COSMICO
Para os antigos chineses, o universo surgiu de um imenso ovo cósmico contendo o yin-yang. Ali existiam todas as coisas e seu exato oposto. Dentro do yi-yang estava o deus P'na-ku: seus olhos transformaram-se no sol e na lua; sua respiração, no vento; seus cabelos, nas arvores e plantas; sua carne, na terra; seu suor, em chuva; e por fim os vermes que corroeram seu corpo transformaram-se em seres humanos. Em outra versão do mito chinês da criação, Pan-Kou-Che, o Criador, esculpia sua grande obra em meiio ao redemoinho de nuvens.
QUETZALCOATL E TEZCATLIPOCA
Os astecas do México tinham muitas lendas sobre a criação. Uma delas fala dos deuses Quetzalcoatl e Tezcatlipoca, que retiraram a deusa Coatlicue dos Céus e dividiram-na em duas partes, criando o céu e a terra. Seu corpo transformou-se em montanhas e vales, seus cabelos em plantas. Mas Coatlicue estava infeliz com o que havia acontecido e exigia freqüentes sacrifícios de corações humanos. Em outro mito, Tezcatlipoca atrai um monstro marinho para a supeerficie e fica gravemente fereida. Seu corpo transforma-se na terra.
PRAJAPI E O OVO DE OUROMuitos dos mitos de origem da cultura Hindu têm como protagonista deuses que surgem ao proferirem seus nomes. Outros descrevem grandes oceanos e alguns envolvem ovos cósmicos. De acordo com uma das lendas, um oceano gerou um ovo de ouro. Após um ano, Prejapati surgiu do ovo. Ele descansou em sua casca durante mais um ano, antes de tentar falar. O primeiro som que ele emitiu tornou-se a terra; o segundo, o céu; e o terceiro; as estações.
TEMPO DOS SONHOS DOS ABORÍGINESNa cultura aborígine australiana, temos o "Tempo dos sonhos"; uma era na qual seus ancestrais partia em jornadas, criando "sonhos" que se se transformavam em pessoas, lugares sagrados e tradições. Os ancestrais muitas vezes tinham a forma de lagartos; aquecidos pelo sol, tornavam-se humanos. O deus dos aborígines Dieri fez o primeiro ser humano na forma de um lagarto, mas percebeu que ele só seria capaz de andar quando sua cauda fosse cortada. Os ancestrais do tempo dos sonhos são celebrados em expressivas pinturas rupestres.
VOLTANDO A GÊNESE
O livro gênese tem fatos absurdos tirando a veracidade total da história narrada e apresentando divergências enormes. Lendo alguns trechos poderemos sentir esses disparates.Adão conheceu Eva, sua mulher, e ela concebeu e deu a luz à Caim, e disse "Possui um homem com a ajuda do Senhor". E deu em seguida à luz a Abel, irmão de Caim. Abel tornou-se pastor e Caim lavrador.Passado algum tempo, ofereceu Caim frutos da terra em oblação ao Senhor: Abel, de seu lado, ofereceu dos primogênitos do seu rebanho e das gorduras dele; e o Senhor olhou com agrado para Abel e para sua oblação, mas não olhou para Caim, nem para seus dons. Caim ficou extremamente irritado com isso e o seu semblante tornou-se abatido. O Senhor disse-lhe: "Porque estás irado? E por que está abatido o teu semblante? Se praticares o bem, sem dúvida alguma poderás reabilitar-te, mas se procederes o mal,o pecado estará a tua porta, espreitando-te; mas, tu deverás domina-lo". Caim disse então a Abel seu irmão: "vamos ao campo." Logo que chegaram ao campo. Caim atirou-se sobre o seu irmão e matou-o.O Senhor disse a Caim: "Onde está teu irmão Abel" – Caim respondeu:"Não sei! Sou porventura eu o guarda do meu irmão?" O Senhor disse-lhes: Que fizeste! Eis a voz do sangue do teu irmão clama por mim desde a terra. De ora em diante, serás maldito e expulso da terra, que abriu sua boca para beber de tua mão o sangue do teu irmão. Quando cultivares, ela te negará teus frutos. E tu serás peregrino e errante sobre a terra. Caim disse ao Senhor: "Meu castigo é grande demais para que eu possa suportar. Eis que me expulsais agora deste lugar, e eu devo ocultar-me longe de vossa face, tornando-me um peregrino errante sobre a terra. O primeiro que me encontrar matar-me-á." E o Senhor respondeu-lhe: " Não! Mas aquele que matar Caim será punido sete vezes. " O Senhor pôs em Caim um sinal, para que se alguém o encontrasse, não o matasse. Caim retirou-se da presença do Senhor, e foi habitar, na região de Nod, ao oriente do Éden.Caim conheceu sua mulher. Ela concebeu e deu a luz Henoc. E construiu uma cidade...Vejamos, Deus criou Adão e Eva que geraram Caim e Abel. Por que Deus inventou de preferir a um dos dois? Por que não agradou ao dois para haver paz e não motivar a inveja? Que pecado cometeu Caim antes de matar seu irmão, ele somente ficou irritado, provocação feita por Deus, não foi de Abel. QUEM ERA A MULHER QUE CAIM ENCONTROU NA REGIÃO DE NOD, AO LESTE DO ORIENTE? Quem era o povo desta mulher se no mundo só tinha Adão, Eva e Caim? Abel tinha morrido. Adão e Eva só geraram mais filho depois, cujo nome era Set. Deus ordenava um castigo e num simples pedido mudava de opinião colocando um sinal na testa de Caim para beneficiá-lo? Para continuidade da espécie humana teria de haver relações sexuais entre mãe e filhos, pai e filhas e irmãos e irmãs (incesto), o que não seria permitido devido o homem ter sido criado com leis morais imposta por Deus e sabemos que geneticamente é extremamente prejudicial ao desenvolvimento humano causando deformações genéticas?

CAPÍTULO 3 - CONSIDERAÇÕES SOBRE A BÍBLIA

CONSIDERAÇÕES SOBRE A BÍBLIA
Toda a bíblia segue nesta linha em que sempre encontramos absurdos, tornando os fatos sempre suspeitos de ter sido inventadas, sendo apenas alegorias, mitos, invenções, mentiras. O dilúvio narra que Nóe colocou um casal de cada espécie dentro da arca e que a água da chuva encobriu todo o mundo. O mundo para o povo da época era somente aquela região em que viviam. Lendo a história em outros livros sabemos da concepção de mundo no século XV. Na Europa se acreditava que o mundo fosse como um prato e que a água caia num vazio. Não sabiam se existiam outros continentes, se havia terras no outro lado das águas dos mares. O mundo era apenas a região em que viviam. Quem inventou o dilúvio não tinha conhecimento do mundo e das espécies que habitavam o planeta, eram pessoas limitadas em conhecimentos. Não consta presença de dinossauros ou de outros animais pré-historicos, os animais eram somente os da região que supostamente existiu no dilúvio. Existem teorias que o dilúvio foi apenas uma grande cheia num rio da Mesopotâmia e uma família com um velho patriarca experiente anunciou a cheia e instruiu o povo da região para construírem um grande barco (Arca), juntarem seus animais domésticos, preparar-se para a grande cheia com temporais que iriam acontecer. Se o mundo era uma concepção local então a dilúvio realmente aconteceu para eles.
Alguns estudiosos da Bíblia mostram trechos de diversos livros como êxodo, Deuteronômio, II Crônicas, Mateus, que nos deixam realmente confusos com as intenções do Deus JEOVÁ. O autor Huascar Terra do Vale extraiu alguns momentos da escrituras sagradas do antigo e do novo testamento e coloca-nos para uma reflexão dessas citações bíblicas;
A Bíblia é o livro mais vendido de todos os tempos. É também um dos menos lidos. A imagem que se tem da Bíblia é de um livro santo, que prega o amor, a bondade, a humildade. Ledo engano. A Bíblia, principalmente o Antigo Testamento, tem passagens sangrentas e cruéis, de fazer inveja aos piores filmes de horror.
Quando Moisés desceu do Monte Sinai com as tábuas da lei percebeu que seus seguidores faziam orgias e adoravam um bezerro de ouro (Êxodo, 32:27-8).
Furioso, vociferou: "Ponde cada um de vós a espada a seu lado. Percorrei o acampamento e voltai, de portão a portão, e matai cada um o seu irmão, e cada um o seu próximo, e cada um o seu conhecido próximo". "E os filhos de Levi passaram a fazer o que Moisés dissera, de modo que naquele dia caíram do povo cerca de três mil homens".
Em Deuteronômio 20:10 e sgs., encontramos trechos horripilantes. Jeová, o Deus do Antigo Testamento, o mesmo que dissera "não matarás", aconselha aos hebreus que, ao encontrarem outro povo, façam proposta de paz. Se aceitarem a paz, deverão ser escravizados para fazer trabalho forçado. Se recusarem a proposta de paz, Jeová os entregará nas mãos dos hebreus, que deverão matar todos os homens com o fio da espada. Em seguida, deverão saquear todos os despojos, inclusive as mulheres, as criancinhas e os animais domésticos.
No mesmo livro, cap. 7, Jeová diz que seu povo escolhido deverá aniquilar sete povos que lhes serão oferecidos. "E tens que consumir todos os povos que Jeová, teu Deus, te dá. Teu olho não deve ter dó deles".
Jeová não brinca em serviço. Em II Crônicas 15:13, sentencia: "...todo aquele que não procurar por Jeová, o Deus de Israel, seja jovem ou velho, homem ou mulher, deverá ser morto". Em Êxodo 22:20, demonstra sua absoluta intolerância: "Quem oferecer sacrifícios a quaisquer deuses, e não somente a Jeová, deverá ser completamente destruído".
Em Deuteronômio 22:22-23: "Caso um homem seja encontrado deitado com uma mulher que não tenha dono, ambos têm que morrer juntos..." E continua: "...tendes que levá-los para fora do portão daquela cidade e tendes de matá-los a pedradas, e eles têm que morrer".
Em Deuteronômio 21:18, Jeová ordena que, se um homem tiver um filho obstinado e rebelde, ele e a mãe devem levá-lo para fora da cidade, chamar os anciãos e dizer-lhes que o filho deverá morrer. Todos os homens da cidade deverão atirar pedras nele até morrer. obra no sábado deverá ser morto.
Sendo assim, toda a cristandade, com a possível exceção dos adventistas (que guardam o sábado), deveria ser exterminada da face da terra.Olho por olho – a pena de talião – é a lei do Antigo Testamento. Não há lugar para perdão nem piedade. No entanto, Jesus, o mesmo Jesus que mandou dar a outra face, no Novo Testamento, também tem momentos de furor, como em Mateus 10:34: "Não penseis que vim estabelecer paz na terra; vim estabelecer, não a paz mas a espada. Pois vim causar divisão; o homem contra seu pai, e a filha contra sua mãe. Deveras, os inimigos do homem serão pessoas de sua própria família. Quem tiver maior afeição pelo pai ou pela mãe maior que por mim, não é digno de mim; e quem tiver maior afeição pelo filho ou pela filha que por mim não é digno de mim".
Quem duvidar, que confira!
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A história da bíblia não passa da história da vida e das guerras do povo hebreu, sua trajetória de explorado e exploradores, colonizados e colonizadores, invadidos e invasores, para tudo isso eles inventaram um Deus para ajudar nesta empreitada de luta pela terra que eles determinaram de terra santa (Para eles).
O êxodo quando lido numa visão santificada e temerosa a Deus, Moises aparece como um homem bom, que libertou o povo hebreu do julgo egípcio. Numa analise mais profunda, ele foi um grande líder que utilizou de um Deus para convencer aquele povo a abandonar o Egito e segui-los para uma nova vida, uma nova terra. Quando Moises com seu povo chegou noutras regiões todas elas já eram habitadas por outros povos com costumes e culturas diferentes do povo hebreu que, liderado por Moises invadiu saqueando e tomando tudo que este povo tinha, escravizando-os, apossando-se de todos os seus bens, matando velhos, mulheres e crianças, sendo um dos lideres mais sanguinários da historia da bíblia. Com a divisão das tribos, mais guerras existiram entre eles, que se diziam eleitos o povo de Deus. O Deus da guerra, das invasões da opressão e para aliviar esse sentido do Deus guerreiro, chega ao mundo o filho de Deus, veio com a missão de trazer a paz entre os homens e até os dias atuais nada foi conseguido para a paz deste povo que ainda se encontra divididos, causadorores de guerras e ódio entre nações com conflitos internos entre eles, causando uma eterna guerra santa.
Jesus Cristo se existiu é o homem ideal para qualquer ser humano, para qualquer mundo. Sábio, simples, humilde, poderoso,milagreiro, filho de um Deus, escolhido para liberta os homens do mal, pregava que tudo devia ser para o bem comum entre as pessoas e as comunidades, tudo deveria ser partilhado por todos, para ninguém passar nenhuma necessidade seja material ou espiritual, um verdadeiro "comunista espiritual" e através dele, todas as pessoas que se convertessem aos seus ensinamentos vindo de Deus, iriam para o céu e por toda eternidade estariam ao lado de Deus, usufruindo dos bens celestiais. Um grande sonho e ideal para toda a humanidade, uma perfeição incrível que Deus poderia ter resolvido somente com Adão, Eva, Caim e Abel e que agora com Bilhões de seres humanos fica a cada dia mais difícil conseguir tal ideal neste sistema capitalista imperialista, colonizador, materialista, desumano e devastador, no qual Cristo tornou-se um garoto propaganda onde todos o admiram, mas ninguém imita suas ações supostamente realizadas aqui na terra. Caso um quarto dos que se dizem cristãos aplicassem os ensinamentos de Jesus Cristo, derrubariam todos os sistemas políticos e financeiros na face da terra. Sobrariam recursos matérias para todos os seres humanos e espiritualizados iríamos todos para o céu, isto antes de acontecer uma catástrofe nas relações sociais e as guerras apocalípticas e os que sobrariam seriamos escolhidos de Deus.
Creio na admiração de muitos na figura de Jesus Cristo, também caso ele tenha existido teria um grande respeito e admiração a sua pessoa e suas atitudes.
O Novo Evangelho trás uma mensagem forte para renovação da lei antiga dos Hebreus causando discórdias e separações entre eles o que culminou com a crucificação de Jesus cristo.
No Novo evangelho a pregação de Jesus realmente merece muita atenção por que trás, para os seres humanos, esperança em dias melhores para a humanidade, mas lamentavelmente ela é usada para oprimir e enganar mais ainda o povo humilde e sofredor, a boa nova passou para mãos de pessoas inescrupulosas que durante séculos e milênios a utilizam de acordo com a conivência do momento histórico e os interesses da classe dominadora da época. Creio que a manutenção da palavra de Jesus Cristo, até hoje, se deve ao fato dela ser manipulada, usada para oprimir mais do que para libertar. Eles conseguem através dos tempos usarem a palavra do evangelho não deixando nunca que ela seja aplicada na pratica, conseguem que fique na mente das pessoas como um sonho, uma ilusão, uma verdade longe de ser alcançada, mantendo-a sempre como uma esperança, algo que um dia virá, mas que não aplicam no presente como ensinou Jesus Cristo.
No final do livro APOCALIPSE tem um versículo onde João diz: " Eu declaro a todos aqueles que ouvirem as palavras da profecia deste livro; se alguém lhes ajuntar alguma coisa, Deus ajuntará sobre ele as pragas descritas neste livro; e se alguém dele tirar qualquer coisa, Deus lhe tirará a sua parte da arvore da vida e da Cidade Santa, descrita neste livro."João ameaçou a todos que mudassem qualquer texto do livro santo seriam punidos. Como posso acreditar se não houve mudanças nos textos bíblicos de acordo com o interesse dos governantes da época, junto com as religiões, se eles utilizaram a palavra santa para a inquisição, para matar todos aqueles que divergiam da forma como as palavras de Deus eram imposta na época. Quantas pessoas que queriam viver segundo os ensinamentos de Jesus Cristo e que contrariava a normas da igreja e dos governantes foram crucificadas, enforcadas, queimadas vivos, torturadas por anos e anos dentro dos calabouços. Como acreditar se não houve manipulação dos textos se eram utilizados para evangelizar ajudando os colonizadores das Américas que escravizaram, torturam, estruparam, mataram (mulheres, velhos e crianças), humilharam, dizimaram os índios, pessoas puras, inocentes, acolhedora que deram todo apoio aos estrangeiros e foram covardemente traídos e com ajuda da igreja tornaram índios em trapos humanos, como acreditar nesta gente, nesta bíblia. Em todo curso da história notamos o interesse das religiões em sempre estar a favor dos grandes e poderosos e utilizam a bíblia apenas para manutenção das instituições religiosas e favorecimento junto aos governantes. Para manter-se e cumprir a palavra do evangelho que favorece a libertação do povo pobre e oprimido pondo-a em pratica, jamais.Vamos utilizar a própria bíblia com os textos que eles dizem ser palavras de Jesus Cristo, para sentir como não praticam o que o evangelho tem de melhor e verdadeiro e somente praticam realmente o que interessa a eles.
»MATEUS [6]1 Guardai-vos de fazer as vossas boas obras diante dos homens, para serdes vistos por eles; de outra sorte não tereis recompensa junto de vosso Pai, que está nos céus.
2 Quando, pois, deres esmola, não faças tocar trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem glorificados pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.
3 Mas, quando tu deres esmola, não saiba a tua mão esquerda o que faz a direita;
4 para que a tua esmola fique em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
5 E, quando orardes, não sejais como os hipócritas; pois gostam de orar em pé nas sinagogas, e às esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Em verdade vos digo que já receberam a sua recompensa.
6 Mas tu, quando orares, entra no teu quarto e, fechando a porta, ora a teu Pai que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.
7 E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios; porque pensam que pelo seu muito falar serão ouvidos.
A pratica dos protestantes da linhagem de LUTERO e alguns segmentos dos católicos é o que mais fazem nas esquinas e em todos os lugares, rezam, oram, procuram se mostrar os melhores diante de Deus e dos homens, julgam-se os escolhidos, utilizam da bíblia para mostrarem-se os melhores divulgadores do evangelho e repetem incansavelmente orações e mais orações, louvores e cânticos. E não praticam a palavra imitando a Jesus. Gostam de estar nas igrejas, bem vestidos, dando suas ofertas, pedindo favores a Deus, sempre repetindo dia a dia, ano a ano os mesmos rituais, os mesmos cânticos, mudando as orações de acordo com cada santo, cada momento. Procuram ser visto por todos e tentam demonstrar que estão fazendo o bem, praticando a palavra de Deus.
»MATEUS[6]
24 Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar o outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.
O que mais as religiões preocupam-se é em criar igrejas, aumentando assim seu patrimônio imobiliário, além do grande comercio com santinhos, terços, camiseta, bonés, cd's, dvd's, shows e todo um milionário comercio que as religiões através da palavra de Jesus Cristo consegue arrecadar e não é revertido para os pobres e sim para enriquecimentos dos suas instituições e dirigentes. Para não tornarem-se tão ridículos inventam de ajudar algumas instituições de caridade para manter as aparências. Ninguém calcula a riqueza do vaticano, dos evangélicos e de qualquer instituição religiosa no mundo. É muito dinheiro, muita riqueza, elementos que Jesus mostrou claramente ser abominável aos olhos de Deus.
»MATEUS [7]1 Não julgueis, para que não sejais julgados.
2 Porque com o juízo com que julgais, sereis julgados; e com a medida com que medis vos medirão a vós.
3 E por que vês o argueiro no olho do teu irmão, e não reparas na trave que está no teu olho?
4 Ou como dirás a teu irmão: Deixa-me tirar o argueiro do teu olho, quando tens a trave no teu?5 Hipócrita! tira primeiro a trave do teu olho; e então verás bem para tirar o argueiro do olho do teu irmão
15 Guardai-vos dos falsos profetas, que vêm a vós disfarçados em ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores.
21 Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus.
22 Muitos me dirão naquele dia: Senhor, Senhor, não profetizamos nós em teu nome? E em teu nome não expulsamos demônios? E em teu nome não fizemos muitos milagres?
23 Então lhes direi claramente: Nunca vos conheci...
Quando lemos estes versículos da bíblia pergunta-se a essas pessoas que seguem as religiões e lêem o livro Santo, porque não refletem nestas citações de Jesus cristo, vêem o quanto mais eles praticam as suas religiões mais eles se afastam de Deus e dos ensinamentos de Jesus Cristo. Vejam como está claro no pedido de não julgar, ninguém pode julgar ninguém, ninguém pode dizer estou salvo e condenar ou reprovar a fé do outro. Os falsos profetas estão claramente em todos os lugares, porquê não percebem a quantidade de hipócritas, farsantes, estelionatários, pastores, padres, que estão utilizando o evangelho somente em beneficio próprio? Nem todos que dizem Senhor, Senhor, entrará no reino dos céus. Está muito obvio que somente vai para o céu é quem PRATICA os ensinamentos e não só os que PUBLICAM, berram nas esquinas, clamam nas igrejas, oram, rezam e vivem somente suas religiões. Utilizar e divulgar as escrituras é uma coisa e pratica-las é totalmente diferente. Vejam outro momento em que Jesus mostra claramente como viviam os escribas e fariseus e comparem com os evangelizadores como padres, pastores e muitos representantes de outras religiões, vivem exatamente como viviam essas pessoas a quem Jesus condenou.
MATEUS [23]1 Então falou Jesus às multidões e aos seus discípulos, dizendo:
2 Na cadeira de Moisés se assentam os escribas e fariseus.
3 Portanto, tudo o que vos disserem, isso fazei e observai; mas não façais conforme as suas obras; porque dizem e não praticam.
4 Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; mas eles mesmos nem com o dedo querem movê-los.
5 Todas as suas obras eles fazem a fim de serem vistos pelos homens; pois alargam os seus filactérios, e aumentam as franjas dos seus mantos;
6 gostam do primeiro lugar nos banquetes, das primeiras cadeiras nas sinagogas,
7 das saudações nas praças, e de serem chamados pelos homens: Rabi.
8 Vós, porém, não queirais ser chamados Rabi; porque um só é o vosso Mestre, e todos vós sois irmãos.
9 E a ninguém sobre a terra chameis vosso pai; porque um só é o vosso Pai, aquele que está nos céus.
10 Nem queirais ser chamados guias; porque um só é o vosso Guia, que é o Cristo.
11 Mas o maior dentre vós há de ser vosso servo.
12 Qualquer, pois, que a si mesmo se exaltar, será humilhado; e qualquer que a si mesmo se humilhar, será exaltado.
13 Mas ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque fechais aos homens o reino dos céus; pois nem vós entrais, nem aos que entrariam permitis entrar.14 (Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque devorais as casas das viúvas e sob pretexto fazeis longas orações; por isso recebereis maior condenação.)
15 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque percorreis o mar e a terra para fazer um prosélito; e, depois de o terdes feito, o tornais duas vezes mais filho do inferno do que vós.
16 Ai de vós, guias cegos! que dizeis: Quem jurar pelo ouro do santuário, esse fica obrigado ao que jurou.
17 Insensatos e cegos! Pois qual é o maior; o ouro, ou o santuário que santifica o ouro?
18 E: Quem jurar pelo altar, isso nada é; mas quem jurar pela oferta que está sobre o altar, esse fica obrigado ao que jurou.
19 Cegos! Pois qual é maior: a oferta, ou o altar que santifica a oferta?
20 Portanto, quem jurar pelo altar jura por ele e por tudo quanto sobre ele está;
21 e quem jurar pelo santuário jura por ele e por aquele que nele habita;
22 e quem jurar pelo céu jura pelo trono de Deus e por aquele que nele está assentado.
23 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho, e tendes omitido o que há de mais importante na lei, a saber, a justiça, a misericórdia e a fé; estas coisas, porém, devíeis fazer, sem omitir aquelas.
24 Guias cegos! que coais um mosquito, e engulis um camelo.
25 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque limpais o exterior do copo e do prato, mas por dentro estão cheios de rapina e de intemperança.
26 Fariseu cego! limpa primeiro o interior do copo, para que também o exterior se torne limpo.
27 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que por fora realmente parecem formosos, mas por dentro estão cheios de ossos e de toda imundícia.
28 Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniquidade.
29 Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! porque edificais os sepulcros dos profetas e adornais os monumentos dos justos,
30 e dizeis: Se tivéssemos vivido nos dias de nossos pais, não teríamos sido cúmplices no derramar o sangue dos profetas.
31 Assim, vós testemunhais contra vós mesmos que sois filhos daqueles que mataram os profetas.
32 Enchei vós, pois, a medida de vossos pais.
33 Serpentes, raça de víboras! como escapareis da condenação do inferno?
34 Portanto, eis que eu vos envio profetas, sábios e escribas: e a uns deles matareis e crucificareis; e a outros os perseguireis de cidade em cidade;
35 para que sobre vós caia todo o sangue justo, que foi derramado sobre a terra, desde o sangue de Abel, o justo, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, que mataste entre o santuário e o altar.
36 Em verdade vos digo que todas essas coisas hão de vir sobre esta geração.
37 Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas, apedrejas os que a ti são enviados! quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e não o quiseste!
38 Eis aí abandonada vos é a vossa casa.
39 Pois eu vos declaro que desde agora de modo nenhum me vereis, até que digais: Bendito aquele que vem em nome do Senhor.
Tem uma citação bíblica que diz: "Tem olhos e não vêem, tem ouvidos e não ouvem". Querem mais clareza do que estes textos, é muito fácil perceber onde estão, como são estas pessoas que Jesus determinou como hipócritas e fariseus, eles são de fácil identificação. A palavra padre significa Pai, Jesus disse só há um pai, aquele que esta no céu. Todos apenas são irmãos. Ninguém deve ser superior ou ter direito mais que o outro. Há pastores de Igrejas que tem casa na praia, carros luxuosos, mansões, vestem-se com os melhores paletós, são servidos e obedecidos como autoridades máximas. São puros nababos, ricos e poderosos, andam junto com os governantes, tem tudo àquilo que não deveriam ter como cristãos. São exatamente como Jesus disse hipócrita e fariseus.São por estas e outras razões que fica difícil acreditar em religião e que eles acreditam em Deus. Deus na forma como apresentada pela Bíblia não convence a milhões de pessoas no mundo, ele passa a ser mais um Deus que divide a opinião e maneiras de viver dos seres humanos.Tudo na bíblia suscita mais dúvidas do que certeza, não se tem provas ou dados concretos sobre quase nada, tudo não passa de teoria. É admirável como pessoas têm neste livro a única verdade ou razão de viver, pessoas mesmo que estudaram, pesquisaram e ainda teimam em ter a narrações deste livro como verdades absolutas. Versões e mais versões de livros, revistas são encontradas sobre a vida de Jesus Cristo. Duvidas é lançada sobre sua vida, seus milagres, a ressurreição... Sempre haverá como discordar e criar novos mitos sobre ele.
Saindo da Bíblia vamos agora ver mais sobre as questões em que somos lançados a refletir cada vez mais na não existência desses Deuses apresentados aos seres humanos através de livros e mais livros em todo mundo.
Faremos uma pequena abordagem de outras religiões para sentir o quanto eles dividem-se por interesses próprios e lançam os seres humanos uns contra os outros apenas para se beneficiarem tanto na política, na economia e na manutenção do poder de forma sarcástica, mesmo sabendo que tudo não passa de mentiras e ilusões criadas para enganar pessoas inocentes e mal informadas, colonizando-as, oprimindo a todos não dando direito ao pensamento livre e formas diferentes de viver.Observem os leitores que estou utilizando de várias teorias de diversas criações de Deuses, religiões, seitas e concepções diversas para adiante fazer minha explanação e defesa sobre o direito das pessoas discordarem da forma como são apresentadas as concepções sobre Deus e nossa maneira de pensar na não existência desses ou daqueles Deus.

CAPITULO 4 - OUTRAS CONCEPÇÕES DE RELIGIÕES


O LIVRO DE MÓRMON – OUTRO TESTAMENTO DE JESUS CRISTO

Torna-se necessário alguns trechos do livro de Mórmon para posteriormente fazer uma analise e criticas deste  escrito para ser a "Bíblia das Américas".
O livro de Mórmon é, portanto um resumo do registro do povo de Néfi e também dos lamanitas – Escrito aos lamanitas, que são um remanescente da casa de Israel; e também aos judeus e gentios – Escrito por mandamento e também pelo espírito de profecia e revelação – Escrito e selado e escondido para o senhor, a fim de que não fosse destruído – Selado pela mão de Morôni e escondido para o senhor a fim de ser apresentado no devido tempo, por intermédio dos gentios – Para ser interpretado pelo dom de Deus.Contém ainda um resumo extraído do livro de éter, que é um registro do povo de Jarede, disperso na ocasião em que o senhor confundiu a língua do povo, quando este construía uma torre para chegar ao céu, a torre de Babel.
Feito também para convencer os judeus e gentios de que Jesus é o Cristo, o Deus Eterno, que se manifestam as todas as nações... O livro de Mórmon é um volume de escrituras sagradas comparável a Bíblia. È um registro da comunicação de Deus com os antigos habitantes das Américas e contém a plenitude do evangelho eterno.
O mais interessante vem agora: O Sr. Joseph Smith numa noite de súplicas descobriu uma luz em seu quarto e viu um ser iluminado, túnica solta, de uma visão extraordinariamente branca e brilhante coisa jamais veste na terra. Enfim era um enviado de Deus. Seu nome era Morôni.Disse que havia um livro escondido, escrito em placa de ouro. Disse também que o livro continha a plenitude do evangelho eterno. Disse... Disse... Disse...
Aprofundando mais a leitura do livro de Mórmon podemos sentir o engodo do Sr.Joseph Smith onde ele sozinho num quarto viu toda aquela aparição e daí resolveu fazer um livro dos relatos de Morôni, criando toda uma religião ao seu modo.Diz ainda Joseph Smith que este Morôni indicou um local onde estariam as placas de ouro que continham os ensinamentos dedicados às causas espirituais e aos ensinamentos dos profetas que eram as placas de Néfi. As placas de Mórmon tinham a continuação da história escrita pelo próprio Mórmon. As placas de Éter que continha a história dos Jareditas e as placas de Latão trazidas de Jerusalém pelo povo de lei em 600 a.C. e estas placas também continham os cinco livros de Moisés.O interessante de tudo isso é que o Joseph Smith viu tudo sozinho, não teve testemunhas. Passou vários anos tendo encontros com Morôni até receber as placas e sozinho convenceu pessoas e escreveu sua própria Bíblia e proclamou-se o profeta nestes últimos dias e que A Igreja de Jesus Cristo dos últimos Dias é o reino do Senhor restabelecido na terra em preparação para a segunda vinda do Messias e ele o representante maior.
Será que a Bíblia não era suficiente com os ensinamentos de Jesus. Por que e para que fazer uma outra com tantas fantasias e ilusões, com histórias fantásticas mudando os ensinamentos básicos da religião cristã, dividindo mais ainda o povo de Deus?

ALLAN KARDEC – O CAMINHO DA VERDADE

A obra de Allan kardec merece atenção pelo que ela propõe; o estudo e comunicação com o mundo espiritual, atividades que muitas religiões negam aos seus fiéis, e é muito lógica esta teoria de estudos para entender procurando aproximação com o mundo espiritual, para tentar saber se realmente ele existe, apesar das muitas dúvidas e mistérios que fazem parte do espiritismo.
Allan Kardec escreveu vários livros como o Livro dos Espíritos, O que é Espiritismo, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno, A Gênese e Obras Póstumas, livros que tentam explicar desde o principio de tudo. Seus efeitos e causas, Deus, como pensam e atuam os espíritos que segundo a teoria existiam muito antes da existência da terra no universo, isto é, antes de existir a terra já existiam seres que habitavam o universo e estes seres seriam espíritos com forma e estrutura invisível diferente dos seres animais com estruturas materiais mais sólidas e visíveis. E nosso mundo é um mundo inferior onde estes espíritos viviam e vivem tendo influencia direta nos seres humanos, inclusive encarnando e reencarnando nos humanos, regidos por leis divinas e universais.
Na concepção Kardecista ele explica Deus perguntando e recebendo respostas imediatas dos espíritos em um questionário simples, com perguntas e respostas que qualquer ser humano poderiam elaborar e esclarecer.
- O que é Deus?
"Deus é a inteligência Suprema, a causa primária de todas as coisas".
- Pode-se dizer que Deus é o infinito?
"A definição é incompleta e decorre da pobreza da linguagem humana, insuficiente para definir o que está acima da compreensão dos homens".
- Pode o homem compreender a natureza intima de Deus?
"Não para isso falta-lhes o sentido".
- Será dada ao homem, um dia, compreender o mistério da divindade?
"Quando não mais estiver o Espírito obscurecido pela matéria, e quando, pela perfeição, se houver aproximado de deus; então ele o verá e compreenderá".
Sintam como é simples a explicação sobre Deus, para que espírito para explicar perguntas tão fáceis de ser respondidas? Qualquer individuo tem sua maneira de explicar e sentir Deus.
Há fatos interessantes na teoria espírita, mas tudo não passa de teorias. Podemos notar que Denizard Rivail o Allan Kardec, era um homem culto de grande conhecimentos em diversas áreas do conhecimento humano e auxiliado por diversas pessoas que comungavam com sua teoria espírita escreveu uma obra significativa que consola mentes angustiadas com as incertezas que o mundo e as diversas religiões criam. Os adeptos do espiritismo geralmente são pessoas insatisfeitas com as religiões ao qual foram induzidos a fazer parte e contrariavam seus conhecimentos sobre as discrepâncias da Bíblia sagrada e se satisfaz com a literatura espírita.Como em qualquer religião o espiritismo tem seus pontos positivos e negativos a qual estimulo as pessoas procurarem conhecerem o lado positivo desta teoria que é desmistificar dogmas e ritos das diversas outras religiões e colocando o mundo espiritual na esfera de estudos e busca da experimentação se realmente existe ou não os espíritos e quem sabe no futuro, se comprovado o mundo espiritual, tê-lo como uma ciência.

MAOMÉ - O ILAMISMO

Durante uma caravana à Síria, Maomé viveu uma insólita experiência em Bosra: o encontro com o monge Bahira, que reconheceu nele o futuro profeta do Islã. Os dias e as semanas se passavam. Impressionada com a personalidade de Maomé, uma rica herdeira da tribo Coraixita, Kadidja, confiou-lhe seus negócios. Maomé desempenhou bem a tarefa, conduzindo com segurança os camelos e os homens de Kadidja para Meca. A probidade é uma das principais qualidades do futuro profeta, que já era chamado de al-Amin, "homem honesto". Kadidja, já com 40 anos, propôs casamento a Maomé, cerca de 15 anos mais jovem. Juntos eles tiveram sete filhos, mas só as meninas sobreviveram, uma das quais Fátima, futura esposa de Ali Ibn Abu Talib, que mais tarde seria empossado califa. O matrimônio celebrava a união de duas poderosas famílias de Meca e era o primeiro passo para uma profunda transformação no mundo oriental.
Maomé tem o hábito de fazer retiros espirituais (khalwa) nos arredores. Ele aprecia, em particular, praticá-los numa gruta chamada Hira, situada em um pequeno monte da região. Em 611, durante um desses retiros, o arcanjo Gabriel se revela a ele. O arcanjo solicita que Maomé leia os sinais árabes bordados em um longo pergaminho de seda. "Mas eu não sei ler!", responde, envergonhado. "Leia", insiste o arcanjo. "Mas não aprendi a ler", objeta mais uma vez. Gabriel então lê e pede para Maomé repetir: "Leia em nome de Teu Senhor que tudo criou, que criou o homem a partir de um coágulo de sangue". O primeiro versículo da revelação do Corão é assim declamado. Aterrorizado pela aparição, o profeta pensa que vai morrer. Gabriel desapareceu, após preveni-lo de que voltariam a se encontrar muitas vezes. Maomé desce então a colina rumo a sua casa em Meca. Sua esposa Kadidja fica preocupada com o seu comportamento e aspecto físico: "Cubra-me, cubra-me", pede ele.Refeito do choque, Maomé narra a experiência que acabara de viver na montanha Nour. A tradição diz que a prece e o credo da unidade divina (chahada) foram os primeiros ensinamentos revelados ao profeta. Contando o segredo a Kadidja, fez dela a primeira muçulmana da história. Depois revelou o fato a Ali, filho de Abu Talib, então com dez anos, a Zaid, escravo liberto que se tornou seu filho adotivo, e a Abu Bakr, futuro primeiro califa (632-634). Várias personalidades de Meca e especialmente os seus parentes adotam em relação a ele uma atitude benevolente. Em pouco tempo, as "revelações" feitas a Maomé são conhecidas por todos em Meca. "O homem honesto" é um feiticeiro? Deve ter enlouquecido. Querer substituir o panteão sagrado pela veneração a um deus único, não seria um sinal de delírio? Quais são os milagres de Alá que ele pode invocar para impor essa religião? Maomé não curou leprosos nem paralíticos.
As revelações prosseguem e o profeta compila o Corão, "o texto [que lhe é] revelado", aos poucos, de forma descontínua. O profeta desespera-se com os intervalos entre as diferentes revelações e, além disso, a pressão dos habitantes de Meca torna-se cada vez mais ameaçadora. Sua vida está em perigo e ele decide exilar-se. Acompanhado por Abu Bakr, pai de Aïcha, sua futura mulher, o profeta abandona Meca à noite, com os perseguidores em seu encalço. Os soldados enviados pelo clã inimigo para a captura dos dois homens perdem a pista. Durante três dias e três noites, Maomé e Abu Bakr ficam escondidos numa gruta. Os fugitivos tomam o caminho do oásis de Yathrib, a cerca de 350 km de Meca.
Mais uma vez a revelação é feita quando a pessoa esta sozinho numa montanha, desta vez num monte, onde ninguém viu, somente ele e o arcanjo Gabriel e depois repassa para as pessoas mais próximas, inclusive uma criança de dez anos. Daí mais uma vez como em toda história da criação de uma religião um homem, um anjo e um código escrito desta vez em um pergaminho bordado de seda.Conhecendo as circunstancias que se encontravam o povo árabe, divididos em várias tribos guerreando entre si, cada um com seus deuses, adorando imagens com idolatrias insanas ficou "fácil" para Maomé estabelecer mais uma religião entre as tantas que já existiam. Volta-se a pergunta: já existia a Bíblia e os ensinamentos de Cristo, por que e pra que outra forma de conciliar o povo se Jesus Cristo tinha toda uma doutrina pronta.
Moises em pedra, Maomé em pergaminho de seda, Adam Smith em placas de ouro, Allan Kardec com batidas em tábuas e a seguir reverendo Moon com uma visão em uma montanha onde o próprio Jesus Cristo incumbe o mesmo de continuar sua missão.

SUN MYUNG MOON E A IGREJA DA UNIFICAÇÃO

Na manhã de páscoa de l936, enquanto orava em uma montanha da Coréia, um menino coreano de l6 anos, Sun Myung Moon, teve uma visão em que Jesus Cristo lhe apareceu e lhe deu uma importante missão: continuar a obra da salvação da humanidade, deixada inacabada por Ele em virtude de sua morte prematura e injusta. Aquele acontecimento iria, alguns anos depois, provocar a maior controvérsia religiosa do século XX — A Igreja da Unificação. Com a ajuda de Deus, de Jesus Cristo, do mundo espiritual e dos seus próprios estudos, após nove anos (dos l6 aos 25 ), o jovem Sun Myung Moon apresentaria ao mundo "uma nova expressão da verdade", "uma nova visão do Cristianismo." Uma revelação universal e espiritualista, mais fundamentalmente cristã, a qual recebeu o nome de O Princípio Divino, passando a ser considerado uma terceira parte da mensagem bíblica: O Completo Testamento, e o movimento criado por ele ficou conhecido como Unificacionismo. 53 anos depois, uma nova e grandiosa transformação está em marcha, tendo por base a verdade bíblica e o amor cristão a Deus e aos homens.Vindo de um país comunista e dizendo perseguido pelos crentes e ateus Sun Myung Moon inventa uma das maiores mentiras que um ser humano pode criar, mas dizem que quanto maior a mentira mais ela se torna verdade, talvez seja o fato dele ter feito tanto adeptos no mundo todo. Refém do comunismo ateu, segundo suas palavras, dar para entender que ele não gostou nem um pouco do ateísmo e se lançou incondicionalmente ao cristianismo, mas de forma em que ele foi um dos escolhidos para continuar a missão de Cristo, sendo aquele que daria continuação a Bíblia Sagrada com O COMPLETO TESTAMENTO, seria ele mais um profeta escolhido por Deus. Pior que muitos acreditaram e acreditam como sempre acontece em diversas épocas e culturas.

CAPÍTULO 5 - A CRIAÇÃO DE DEUS SEGUNDO JOSÉ MOREIRA DA SILVA

A CRIAÇÃO DE DEUS SEGUNDO JOSÉ MOREIRA DA SILVA
Tratamos das religiões nas suas diversas concepções, agora iremos tratar se assuntos relacionados ao ateísmo com o tema sobre A CRIAÇÃO DE DEUS pesquisado na Sociedade dos Cientistas Mortos e apresentado de forma clara e objetiva pelo escritor José Moreira da Silva, formado em filosofia pela Universidade de Nova Iorque e atualmente é professor de Inglês, tradutor e interprete, e dedica-se ao estudo da natureza humana através da psicologia, filosofia e religião.
O texto é apresentado na integra, não acrescentei nada para manter o tema original. Pergunta-se por que não escrevi a minha maneira fazendo uma interpretação e resumindo. Achei necessário apresentar desta forma para dar mais importância ao tema e ser de uma pessoa com credibilidade suficiente para dar maior relevância ao assunto.
A CRIAÇÃO DE DEUS
Desejo, necessidade, carência, emoções, sentimento, prazer e dor. Essas são as forças que comandam o ser humano. Elas originaram todas as criações humanas. Não importa o quão importantes ou insignificantes tenham sido essas realizações. Que necessidades e sentimentos deram origem às religiões? Várias emoções deram origem às crenças religiosas. Sem dúvida, o medo foi à emoção que mais provocou esses sentimentos no homem primitivo.
Medo da fome, de animais, de doenças, da morte e mais uma infinidade. Como o conceito de causa e efeito era mal desenvolvido nesses seres primitivos, eles atribuíam causas sobrenaturais a todos os fenômenos naturais. Como o ser humano era capaz de manipular a matéria e criar artefatos, ele calculou que o mundo era uma espécie de artefato criado por um outro ser ou seres maiores que ele, mas análogo a si próprio. E atribuiu as desgraças e felicidades que lhes aconteciam a esses seres.
Assim, explicavam os acontecimentos recorrendo a causas sobrenaturais. Tudo era explicado através de lendas e mitos. Pois tudo era causado por deuses ou demônios. Não existiam causas naturais em suas concepções. Tinham-se um ferimento ou uma moléstia qualquer, não procuravam uma causa natural para os mesmos, já sabiam as causas. Os deuses ou demônios tinham sido contrariados de algum modo. A única maneira de acabar com o sofrimento era através de súplicas a esses seres sobrenaturais. Às vezes, esses deuses ou demônios exigiam sacrifícios.E os primitivos não hesitavam em obedecer. O conceito de deuses e demônios evoluiu com o tempo, mas, no entanto, a idéia central foi passada de geração em geração. Tanto que ninguém nunca questionou ou questiona até hoje essas idéias. Idéias desenvolvidas pelo homem primitivo. Geradas principalmente pelo medo.Logo alguns perceberam que esses deuses e demônios podiam ser usados de modo lucrativo. Através deles o povo podia ser levado à obediência. Mães e pais começaram a propagar esse tipo de crença e a gerar demônios aos montes, afinal, é mais fácil controlar uma criança pelo medo do que pela razão. Tanto que, até hoje, existem mais demônios que deuses. A criança ficava mais fácil de ser manipulada se tivesse medo do bicho papão e de todos os tipos de monstros que pudessem imaginar.
Cedo surgiu uma classe de pessoas que se diziam mediadoras entre demônios e deuses e o povo. Diziam que tinham poderes especiais para aplacar a ira desses seres terríveis. Deu-se inicio aos rituais. Assim surgiu provavelmente a mágica, pois o povo precisa de um espetáculo para acreditar que alguém tem poderes especiais. E o que era uma simples mágica se tornava milagres incríveis para o cidadão comum, e dado o desejo de impressionar que motiva a maioria dos humanos, esses truques se tornavam milagres cada vez maiores de geração em geração. Nunca subestime o poder de exagerar do ser humano.
Lógico que toda tribo, todo povo, tinha um líder ou líderes. E esses líderes logo perceberam que o poder que os mediadores entre o natural e o sobrenatural tinham sobre o povo podia lhes ser muito útil. Os líderes tinham o poder da força. Podiam obrigar o povo a fazer o que quisessem. No entanto, nenhum líder quer um cidadão rebelde. Quanto mais mansos, melhores. Ao menos, mansos em relação ao líder. Seria muito mais fácil para eles que os cidadãos aceitassem obedecer de livre e espontânea vontade, e se possível ainda deveriam ficar felizes em fazer a vontade do líder. Daí surgiu um outro uso para a religião.
Quando um líder administrava mal sua tribo, logo achava um demônio ou deus que "estava" atrapalhando seus planos. E pedia aos sacerdotes que aplacassem a ira do mesmo. Afinal, eles não podiam admitir que fossem incompetentes. Tudo deveria ser causado por deuses ou demônios. Não existiam causas naturais.
O povo também às vezes se rebelava por achar que o líder tinha atraído a ira de um deus ou demônio. Convinha ao líder respeitar os mediadores, pois os mesmos podiam levar o povo a crer que o único modo de melhorar as circunstâncias era eliminando o líder que tinha atraído à ira dos deuses ou demônios. Daí surgir o respeito dos líderes às autoridades eclesiásticas. O líder tinha a força como poder, mas os mediadores tinham deuses e demônios como ferramentas. E que forças terríveis elas são.E assim o poder secular e o poder eclesiástico começaram o seu reino. E religião e política sempre andaram ligadas desde então. Um casamento duradouro. Outros fatores contribuíram para o advento da religião, é claro.
Baseamos-nos nas qualidades de nossos pais e líderes para explicarmos as qualidades e defeitos de Deus. Todos os atributos, bons e ruins, vieram desse tipo de comparação. Queremos o apoio e o carinho de nossos pais, e é claro, queremos o mesmo de Deus. Agradamos nossos pais e líderes, e sendo Deus uma super autoridade, queremos agradá-lo mais ainda. Tememos nossos pais e líderes e o mesmo acontece com Deus.
Esse Deus social pune e recompensa. Apóia e auxilia. Conforta-nos em tempos difíceis. Protege-nos quando estamos em perigo. Esse Deus tanto pode ser pessoal, como tribal ou pode incluir até mesmo toda a raça humana. Mas ele veio de uma comparação com as autoridades em nossa vida. Daí muitas religiões pregarem que a rebeldia contra uma autoridade qualquer seja uma rebeldia contra Deus. Desobedecer ao pai seria semelhante a desobedecer a Deus. Desobedecer ao rei é desobediência à Divindade.
O medo da morte é uma outra grande motivação para as religiões. Todos morrem. Nossos pais morrem. Nossos filhos morrem. A morte está em toda parte. Para que você viva, algo tem que morrer. A morte é o preço da vida. Afinal, ninguém pode viver comendo pedras. Só seres vivos podem nos dar a energia para continuarmos vivendo.
O problema é que ninguém quer morrer. Todos se agarram à vida. É um instinto natural em todos os animais. Mesmo quando a vida é insuportável, os seres se agarram a ela. Seres humanos não poderiam escapar a esse apego ferrenho. Todos tentam preserva-la a todo custo.Como os seres humanos são provavelmente os únicos animais a saberem que vão morrer, como essa idéia nunca os abandona, como esse medo é mórbido, a criação de um Deus não poderia ficar de fora.Um único Deus não poderia explicar todos os fenômenos, daí todas as religiões terem demônios para explicar as coisas ruins, e daí também à idéia de um Grande Diabo. O chefão de todos os demônios. Pelo que eu saiba, nenhuma religião conseguiu escapar da criação desse ser. De algum modo, ele sempre existe.
Com o passar dos tempos, os seres humanos não se contentaram mais em simplesmente ter uma vida boa. Precisavam de algo mais. E também não suportavam a vida que levavam, pois a mesma sempre foi cheia de problemas. Tinham que defender seu conceito de Deus diante de tantas desventuras, daí o Diabo. Mas achavam que tinha que haver um plano de existência em que o Diabo não participasse, um plano perfeito, pois ninguém conseguia acreditar que essa nossa vida imperfeita fosse a única.
O ser humano começou a imaginar como seria uma vida sem a necessidade da morte. A morte, a grande destruidora. A morte, que torna todos os esforços inúteis. A morte, que sempre interrompe os planos dos mais prudentes. A onipresente morte. O ser humano tem uma imaginação estupenda. Quando concebe algo, tem o poder de criar as formas mais incríveis de realidade. E como a vaidade nos leva a nos agarrarmos a nossas idéias, e dado o fato de a ciência não existir num passado muito remoto, chegamos a acreditar veementemente em nossas idéias e imaginações. Não importando o quão sublimes ou ridículas elas fossem.Do fato de não nos conformarmos com a morte, de desejarmos viver, não importando em que condições, surgiram todas as idéias sobre vida depois da morte. Afinal, como justificar um Deus todo bondade, se não inventarmos uma realidade em que o mal não existe? E para que Deus seja bondoso, como queremos que seja, precisamos inventar um céu. O céu é aquilo que o mundo deveria ser segundo expectativas humanas. As escrituras judaicas exemplificam bem tanto a religião do medo como a religião da moral, pois contêm ambos os fatores em seus dogmas. Deus está sempre ali tanto para punir como para recompensar, e é um moralista em todas as áreas da existência humana.Todas as religiões tratam da moral e da ética e dos bons costumes. Mas, muitas vezes, o fato de fixarem pensamentos em forma escrita dificulta a evolução moral. Muitos acham que o que está escrito foi escrito por Deus e, portanto, é imutável. Mas o que deu origem à moral foi um fato passado que muitas vezes não existe mais. A religião moral é superior à do medo. No entanto, quase nenhuma religião contém somente um elemento, mas elementos tanto de medo como de moral. Geralmente os elementos mais avançados da sociedade seguem mais a religião da moral, e os mais atrasados a do medo.
Deus sempre é antropomórfico. Deus é sempre um homem gigantesco na maioria das religiões. Com todas as qualidades e defeitos do homem. Defeitos e qualidades ampliadas a proporções gigantescas, é claro. Isso acontece porque o homem não consegue conceber algo além daquilo que é. Ou daquilo que seus sentidos mostram.
Outros acreditam que Deus é algo inconcebível. Daí termos que acreditar pela fé ou não acreditar, pois não temos como provar a existência de tal ser. Ele está além de nossos sentidos, além do natural. Ou seja, ele é sobrenatural. Mas é impossível ao homem falar de algo que não conhece pelos sentidos. Daí usarem um palavreado incompreensível aos não iniciados.Poucos indivíduos passam desse nível de Deus antropomórfico. Só as camadas mais avançadas da população chegam a conceber um Deus como uma força, algo totalmente diverso do ser humano. Algo transcendente. As religiões do Oriente chegaram a transferir esse pensamento para muitos dos membros da população. Mesmo assim, o povo, na sua maioria, não consegue conceber Deus como uma força. As religiões do Oriente não conseguiram passar esse pensamento nem para as camadas mais avançadas, muitos tem esse pensamento, mas a maioria ainda ora para um Deus pessoal. Parecido com ele mesmo, e a idéia de que o homem é a imagem de Deus ainda torna esse pensamento mais difícil de mudar.Existe uma outra forma de conceber Deus. Podemos concebê-lo como o Cosmo. O Universo. Tudo que existe. Essa forma se chama Panteísmo. Que é uma forma de adorar o Universo chamando-o de Deus. Essa forma de adoração esta presente em todos os níveis. Muitas tribos primitivas adoram a natureza e a chama de Deus, e muitas pessoas avançadas são atéias, mas veneram tanto o Universo que o mesmo se torna Deus.
Alguns indivíduos adoram a ordem que permeia o Universo como a um Deus. Sentem um sentimento de encanto ante a imensidão do cosmo, a ordem e as leis que o regulamentam. Sentem grande prazer em descobrir tudo sobre esse cosmo. Esses são, em geral, cientistas que se contentam em deixar seus desejos mundanos (ligados ao mundo) de lado, e se concentram em descobrir os mistérios que os permeiam. Esse mistério e seu desvendamento se tornam uma religião para eles. Einstein é um exemplo desse tipo de pensamento, assim como Espinosa.
Eles procuram experimentar o Universo como um todo harmônico. E para isso, têm que se desvencilhar dos pensamentos voltados para si próprios, dos desejos e problemas individuais – e se concentram no cosmo e seus mistérios como missão de vida, e não em dinheiro e problemas pessoais.É claro que esse tipo de religião nunca agradou a maioria. Essa maioria está mais interessada nos problemas do dia-a-dia e precisam de um Deus mais mundano que possa lhes ajudar a superá-los. Precisam de um Deus pessoal que lhes entenda e lhes ajude nas horas mais difíceis. E o Universo ou cosmo é indiferente às suas criaturas. O Universo não é nem bom nem ruim. Ele simplesmente é neutro. Não se preocupa com as criaturas que nascem dele.O ser humano quer ser visto, de algum modo, quer se sentir importante, importante para alguém, sua vaidade não vai deixar essa idéia morrer facilmente. Dessa forma percebemos qual é a grande diferença entre religião e ciência. A ciência se baseia nas leis da Causa e Efeito e, portanto, não pode conceber que exista um ser mudando as leis segundo caprichos de sua vontade. Para a ciência, tudo tem uma explicação natural, não sobrenatural. As causas de todos os males ou bens do ser humano são naturais e não sobrenaturais.
Um cientista não acredita nem na religião do medo e nem na da moralidade. Moralidade concerne somente aos seres humanos e não ao Cosmo. Um Deus que pune e recompensa é inconcebível para ele.
Todas as idéias dos homens vêm de fora de algum modo. Da sociedade que o cerca, dos livros que lê, das influencias da sua vida. Além de influencias de sua própria natureza. Pois cada um tem um modo de ser que é determinado pelos seus próprios genes. Alguns nascem calmos, outros agitados. Uns com propensão à violência, outros não.Uns são tigres, outros coelhos assustados. Uns tem corpos altos e fortes, outros são baixos e fracos. E assim por diante.
Como pode Deus castigar ou punir alguém quando pelo menos 90% da personalidade de uma pessoa são determinados por causas acima de seu controle? Além do mais, existem várias religiões na Terra. Cada uma com regras específicas para se entrar no céu. Sendo assim, como pode uma pessoa ser salva simplesmente por ter tido a sorte de nascer no local adequado? Sabemos muito bem que 90% das pessoas adotam a religião de seu local de origem ou uma variante da mesma. E mesmo quando mudam de religião radicalmente nunca conseguem deixar por completo as crenças adquiridas na infância. Mudam de religião, mas seu comportamento continua compatível com as crenças anteriores. Cercado como está de influências tanto internas como externas acima de seu controle, que critério usaria Deus para julgar o homem?O comportamento ético de um ser humano deve se basear em suas necessidades sociais e individuais, a religião não precisa entrar nessas questões. O melhor guia para o comportamento social é a razão. Tudo gera conseqüências. Toda causa gera um efeito. Regras fixas de comportamento não são compatíveis com o ser humano, pois fatos sociais mudam o tempo todo. O exemplo do sexo que dei acima é um deles. Quando a religião tenta engessar um tipo de comportamento, está indo contra o próprio progresso humano, pois tenta fixar aquilo o que não deve ser fixado. O ambiente muda o comportamento. E um comportamento mal adaptado leva ao sofrimento. Todo organismo deve fazer tudo para sobreviver da melhor maneira possível, e a maneira pela qual um ser humano sobrevive é usando sua mente para seu benefício e para o benefício da sociedade como um todo. Se cuidar de progredir, acabará ajudando a todos.A educação tem um papel fundamental como meio de influenciar o comportamento dos indivíduos. Convém ensinar as pessoas a pensar e a agir em sociedade. As escolas deveriam se voltar para formar um bom cidadão e não somente fazer com que pessoas acumulem conhecimentos que nunca serão utilizados. A escola deveria ensinar lógica, matemática e línguas desde o começo. A lógica serve para evitar que as pessoas sejam presas fáceis de qualquer aproveitador que apareça pela frente.
A religião mantém as pessoas na infância eterna. Sempre se entregando a alguém para resolver seus problemas pessoais. A falta de consciência em suas faculdades mentais e o complexo de inferioridade faz com que muitos parem de pensar logicamente e se entreguem a todo tipo de pensamento, por mais absurdo que seja.As pessoas raramente analisam as tradições de seu povo. Simplesmente aceitam tudo. Será que isso é bom para a raça como um todo? Será que não precisamos de mais rebeldes ao invés de mais conformistas? Todo avanço foi uma rebeldia. Uma rebeldia contra os padrões vigentes. Rebeldia não significa ser do contra, significa ser verdadeiro consigo próprio. Fazer as coisas em que se acredita, e não fazê-las simplesmente por que todos fazem. Rebeldia também não é ir contra tudo só para ser diferente. Rebeldia é fidelidade à nossa natureza intima. Não é ser do contra ou a favor. É ser integro com o que se acredita.
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Podemos sentir donde veio a concepção da criação de Deus, única e exclusivamente da fraqueza e da incompreensão do ser humano que não compreende, segundo o autor do texto a Criação de Deus, que vive e pouco sabe do sentido de sua permanência e estadia aqui na terra. Ficou fácil de compreender que Deus e Religião são meios que inventaram e utilizam para amedrontar admoestando as pessoas para dominá-las não dando o direito de viver e agir de acordo com as suas necessidades.

CAPITULO 6 - DIVINDADES

DIVINDADES

A seguir apresentarei uma pesquisa realizada na internet, na WIKIPÈDIA a enciclopédia livre. O objetivo deste estudo é revelar as várias divindades e deuses existentes no mundo, nas diversas épocas revelando também, a origem dos deuses em vários países nos diversos períodos da história humana.

Existem várias concepções de Deus ou de Deuses. Veremos as divindades ou deuses de uma perspectiva não monoteísta, focalizando as diversas formas de sentir a divindade em diversas culturas nas diversas épocas da humanidade.
Entendendo o que é divindade podemos afirmar que Divindade é um ser extranatural, usualmente com poderes significantes, cultuado, tido como santo, divino ou sagrado, e/ou respeitado por seres humanos. Normalmente as divindades são superiores aos seres humanos e à natureza.
Divindades assumem uma variedade de formas, mas são freqüentemente antropomorfas ou zoomorfas. Uma divindade pode ser masculina, feminina, hermafrodita ou neutra, sendo usualmente imortal.
Muitas vezes, as divindades são identificadas com elementos ou fenômenos da natureza, virtudes ou vícios humanos ou ainda atividades inerentes aos seres humanos.Assume-se que uma divindade tenha personalidade e consciência, intelecto, desejos e emoções, num sentido bastante humano desses termos. Além disso, é usual que uma determinada divindade presida sobre aspectos do cotidiano do homem, como o nascimento, a morte, o tempo, o destino etc. A algumas divindades é atribuída a função de dar à humanidade leis civis e morais, assim como serem os juízes do valor e comportamento humano.
É também comum atribuir às divindades, ou a interações entre elas, a criação do universo e sua futura destruição.
Historicamente, não é possível definir qual foi a primeira tribo a criar o conceito de divindade. Contudo, os escritos mais antigos até hoje encontrados referem-se às concepções vindas das religiões suméria, védica e egípcia, as quais surgiram por volta de 3600 aC.
No intuito de criar explicações para a existência dos elementos e dos seres da natureza, bem como para conhecer o sentido dos fenômenos naturais (a tempestade, o vento, o dia e a noite, as estações, etc.), os povos e tribos da antiguidade conceberam diversas divindades que, no mais das vezes, passaram a ter sentimentos e emoções idênticas às dos humanos. Daí derivaram os rituais, cerimônias e sacrifícios, que tinham como objetivo agradecer as benesses enviadas por essas divindades ou aplacar sua ira, que castigava a humanidade com alguma calamidade.Atualmente, muitos intelectuais questionam e especulam sobre o próprio conceito de Divindade, como também diversas investigações históricas e arqueológicas tentam desvendar os acontecimentos e circunstâncias em que os homens primitivos criaram os primeiros conceitos religiosos.
Em várias mitologia Deus aparece com nomes diferentes como também sua forma de ser.
Na mitologia Egípcia temos Hórus - Deus Falcão; Ísis - Deusa do Amor, da Magia e das coleitas; Osíris - Deus do Juízo; Seth - Deus da destruição; Ré (ou Rá) - Deus Sol; Ptah - Deus criador do universo; Tot - Deus da sabedoria e da escrita; Anúbis -Deus dos cemitérios, o patrono dos embalsamares e da MorteNa mitologia grega, Caos, entidade criadora; Erebus, personificação da névoa; Nix, personificação da noite; Gaia, mãe terra; Urano, personificação do céu; Zeus, Deus líder do panteão olímpico, do raio; Afrodite, Deusa da beleza; Atena, Deusa da sabedoria, da estratégia e da razão; Apolo, Deus das profecias; Ártemis, Deusa da caça; Hélios, Deus do Sol; Selene, Deusa da Lua Ares, Deus da guerra;Na mitologia nórdica: Odin, Deus líder dos Aesires; Thor, Deus do trovão; Tyr, Deus da justiça; Freya, Deusa do amor e da beleza; Jord, Deusa da terra; Bragi, Deus da sabedoria e da poesia; Loki, Deus trapaceiro; Ran, Deusa do mar;Na religião de Umbanda: Oxalá, Deus de todos os deuses; Iemanjá, Deusa dos mares; Oxum, Deusa dos rios; Iansã, Deusa dos ventos e das tempestades; Ogum, Deus da guerra; Xangô, Deus da justiça;.Na religião hinduísta: Shiva, Deus da criação e da destruição; Varuna, Deus guardião da ordem cósmica; Vishnu, Deus da justiça e da disciplina; Lakshimi, Deusa da prosperidade e da generosidade; Agni, Divindade do fogo.Na mitologia tolkieniana: Eru Ilúvatar, o Deus Supremo ; Valar, Deuses menores, essencialmente "anjos", criados do pensamento de Eru.
Na visão do Oriente médio.
No Oriente a partir dos séculos VII e VI aC., surgiram sistemas filosóficos (budismo, taoismo, confucionismo) que substituíam Deus (ou os deuses) por conceitos não-teísticos, os quais chegaram aos nossos dias, com centenas de milhões de adeptos espalhados por vários países dos mundo.
No extremo oriente (China, Japão e Índia) foram desenvolvidos complexos conceitos filosóficos não-teísticos, os quais, ao longo do tempo, tem se mesclado com as tradições de primitivas religiões politeístas, que sempre ali existiram e que estavam profundamente enraizadas no espírito do povo.
Xintoísmo – É uma religião nativa do Japão. Envolve a adoração dos Kami, que representam deuses, ou os espíritos da natureza, ou ainda, simplesmente uma presença espiritual. O tema principal e mais importante na religião Xintoísta é um grande amor e reverência pela natureza. Assim, a Lua, uma Cachoeira ou uma Rocha podem ser observados como um Kami. Os Kamis não são divindades transcendentes, mas sim seres divinos que estão próximos a nós, que habitam o mesmo mundo que nós, cometem os mesmos erros que nós, e têm sentimentos e pensamentos semelhantes aos nossos. Uma pessoa que morre pode automaticamente ser transformado em Kami, não importando o tipo de vida que ela tenha levado. Os Kamis podem ser bons ou maus. O Xintoísmo é uma coleção de rituais e métodos que regulam as relações entre os seres humanos e as divindades (Kami). A vida após a morte não é uma preocupação primária para os xintoístas, pois uma ênfase maior é colocada em encontrar a felicidade na vida nesse mundo.
Taoísmo – É uma filosofia não-teística criada por Lao-Tsé, que expôs seus pensamentos no livro: Tao Te Ching. O conceito Deus, conforme é conhecido na tradição ocidental, não existe nesta filosofia. Tudo o que existe é o Tao, que significa "O Caminho". Tao é um conceito que transcende as dimensões espaço-tempo e, portanto, não pode ser compreendido pela limitada mente humana. Constitue a essência do universo, a realidade última e indefinível, e é através do Tao – termo e meio eterno da evolução – que passam todas as coisas. Tudo é cíclico, pois Tao é a energia que flui através de toda a vida. De Tao deriva-se Yin e Yang – o número dois, que representa a natureza dual de todas as coisas (bom-mau, vida-morte, dia-noite, claro-escuro, felicidade-tristeza, saúde-doença). De Yin e Yang nasce implicitamente o três (Céu, Terra e Humanidade) e, finalmente, por extensão, se produz a totalidade do mundo na forma como o vemos e conhecemos.
Budismo – Criado por Siddhartha Gautama, o Buda ou o Iluminado, é geralmente visto como uma religião não-teística, embora pregue a existência de deuses – os devas – que são criaturas que gozam de grande felicidade em seus mundos celestiais. Contudo, esses seres, não são eternos e estão sujeitos à morte e a eventuais renascimentos como seres inferiores, amarrados a um determinado aspecto da natureza, no qual terão que incondicionalmente trabalhar. A existência do homem é passageira e cíclica – o Samsara (conjunto dos ciclos de nascimento e morte). O homem somente estará livre desse "Ciclo de Renascimentos" quando eliminar definitivamente seu auto-apreço atingindo a libertação ou Nirvana. Para os budistas somente os seres-humanos podem atingir o nirvana ou a iluminação, os deuses por desconhecerem o sofrimento são incapazes de gerar renúncia ou compaixão. O ser Iluminado confunde-se então com a Mente Universal. Diversos Tantras budistas declaram sobre esse Ser Iluminado: "Eu sou o Núcleo de todas as coisas que existe. Eu sou a Semente de todas as coisas que existe. Eu sou a Causa de todas as coisas que existe. Eu sou a Raiz da Existência".Confucionismo - Sistema filosófico, religioso e ético desenvolvido a partir dos ensinamentos de Confúcio. O objetivo principal dessa filosofia consiste - não em subjugar as pessoas a um Ser Superior (Deus) - mas sim, através de Ritos, trabalhar no interior delas, a fim de moldar seu comportamento e dar auto-controle sobre seus desejos. Nesse sentido, todos reconhecerão sua posição relativa diante de seus semelhantes, identificando a cada instante quem é o mais jovem e quem é o mais sábio, quem é o visitante e quem é o dono da casa, e assim por diante; e atingirão o conhecimento sobre sua obrigação entre os outros e sobre o que esperar deles. Há obrigações específicas prescritas para todos os participantes em todas as ramificações do relacionamento humano. "Não faça aos outros, aquilo que voce não quer que eles façam a você", é a máxima chinesa conhecida como Regra de Ouro do Confucionismo. A solidariedade e a educação são os grandes ideais buscados por essa filosofia, e em Confúcio está o maior exemplo dessas virtude.Além da visão teística (politeísmo ou monoteísmo), a divindade pode ainda ser visualizada sob a ótica dos seguintes conceitos filosófico-religiosos:
Ateísmo – Contrapondo-se à visão do teísmo, o ateísmo nega a existência de Deus ou dos deuses. Para alguns ateus, o conceito Deus deixou como sequela para a humanidade uma inumerável quantidade de tradições e costumes, mantidas em seu nome, que conduziram o ser humano a um segundo plano, fato este que fez girar a roda da história contra ele mesmo, subjugando-o à vontade deste conceito intangível, e limitando sua vida e sua criatividade por gerações e gerações.Agnosticismo – Dentro da visão agnóstica, não é possível provar racionalmente a existência de Deus, como também é igualmente impossível provar a sua inexistência. O politeísmo e o monoteísmo enquadram-se dentro de uma visão gnóstica de deus, isto é, Deus ou os deuses são seres cujos atributos estão perfeitamente definidos ou revelados em seus livros sagrados. Para um agnóstico, no entanto, Deus pode até existir, porém suas características são incompreensíveis para a razão humana.
Panteísmo – A visão panteísta sustenta que o Universo inteiro é o próprio Deus. Assim: "Deus é o Universo, e o Universo é Deus". No panteísmo dá-se ênfase às divindades imanentes, enquanto que no Panenteísmo (visão em que o Universo está inteiramente contido em Deus, porém Este é alguma coisa maior que o Universo) dá-se ênfase às características transcendentais de Deus.
Animismo – Crença na qual se atribui a todos os elementos do cosmos (Sol, Lua, estrelas), a todos os elementos da natureza (rio, oceano, montanha, floresta, rocha), a todos os seres vivos (animais, árvores, plantas) e a todos os fenômenos naturais (chuva, vento, dia, noite) um princípio vital e pessoal, isto é, uma Alma. Consequentemente, todos esses elementos são passíveis de possuirem: sentimentos, emoções, vontades ou desejos, e até mesmo inteligência. Resumidamente, os cultos animistas alegam que: "Todas as coisas são Vivas", "Todas as coisas são Conscientes", ou "Todas as coisas têm uma Alma". Atualmente, discute-se quais foram historicamente os primeiros cultos que deram origem a todas as religiões e a todos os deuses. Alguns historiadores e cientistas defendem a tese de que foram os mitos politeístas, enquanto outros afirmam que foram os cultos animistas.
Algumas pessoas especulam que Deus ou os deuses são seres extra-terrestres. Muitas dessas teorias sustentam que seres inteligentes provenientes de outros planetas visitaram a Terra no passado e influenciaram no desenvolvimento das religiões. Alguns livros propoem que tanto os profetas como também os messias foram enviados ao nosso mundo com o objetivo exclusivo de ensinar conceitos morais e encorajar o desenvolvimento da civilização.
Especula-se também que toda a religiosidade do homem criará no futuro uma entidade chamada Deus, a qual emergirá de uma inteligência artificial. Arthur Charles Clarke, um escritor de ficção científica, disse em uma entrevista que: "Pode ser que nosso destino nesse planeta não seja adorar a Deus, mas sim criá-Lo".
Outros especulam que as religiões e mitos são derivadas do medo. Medo da morte, medo das doenças, medo das calamidades, medo dos predadores, medo do desconhecido. Com o passar do tempo, essas religiões foram subjugadas sob a tutela das autoridades dominantes, as quais se transformaram em governantes divinos ou enviados pelos deuses. Dessa forma, a religião é simplesmente um meio para se dominar a massa. Napoleão Bonaparte disse que: "o povo não precisa de deus, mas precisa de religião", o que quer dizer que a massa necessita de uma doutrina que lhe discipline e lhe estabeleça um rumo, sendo que deus é um detalhe meramente secundário.Estão catalogados mais de dois mil deuses na história da humanidade. Nas dezenas ou centenas de mitologias ele aparece com nomes diferentes.
O MONOTEÍSMO
O monoteísmo é a crença em um só Deus. Diferente do politeísmo que conceitua a natureza de vários deuses, como também diferencia-se do henoteísmo por ser este a crença preferencial em um deus reconhecido entre muitos.
A divindade, nas religiões monoteístas, é onipotente, onisciente e onipresente, não deixando de lado nenhum dos aspectos da vida terrena. A crença em um só Deus, que para além de ser considerado todo-poderoso é também um ícone moral para os adeptos de religiões monoteístas - exigindo dos fiéis observância de normas de conduta consideradas puras.
São exemplos de religiões monoteístas o Cristianismo, a Fé Bahá'í, o Islamismo e o Judaísmo.
Religiões Abraâmicas
Visão Bahá'í
Os Bahá'ís acreditam em um único Deus, o criador de todas as coisas, que incluem todas as criaturas e forças do universo. A existência de Deus é conceituada como eterna, não tendo começo ou fim. Embora inacessível e incognoscível, Deus é tido como consciente de Sua criação, com vontade e propósito. Os Bahá'ís acreditam que Deus expressa Sua vontade de várias maneiras, incluindo uma série de mensageiros divinos referidos como Manifestantes de Deus ou algumas vezes como educadores divinos. Essas manifestações que estabelecem religiões no mundo, são uma forma de Deus educar a humanidade.
Os ensinamentos Bahá'ís declaram que Deus compreende tudo, por isso não pode ser compreendido. Na religião Bahá'í Deus é frequentemente referido por títulos, como "Todo-Poderoso" ou "Suprema Sabedoria", e há quantidade considerável de ênfase no monoteísmo.A Fé Bahá'í conceitua como caráter monoteísta as maiores religiões independentes, determinando um padrão de revelação continuada entre todas elas.
Visão Cristã
Na Bíblia, o livro sagrado dos Cristãos, encontra-se considerável número de confirmação do monoteísmo. É usualmente atribuído a Deus qualidades como Onipotência, Onipresença e Onisciência.
De acordo com a maioria dos cristãos, a Trindade, que consiste na crença de três aspectos de uma mesma concepção: Cristo, o Pai e o Espírito Santo - não anula o conceito monoteísta da religião cristã. A palavra trindade não está presente na Bíblia, tendo sido criada no Concílio de Nicéia pela Igreja Católica Romana. Entretanto, existem certas seitas cristãs, como o Mormonismo, que são henoteístas.
Visão Islâmica
Deus é considerado único e sem igual. Cada capítulo do Alcorão (exeto dois) começa "Em nome de Deus, o beneficente, o misericordioso". Uma das passagens do Alcorão que é frequentemente usada para demonstrar atributos de Deus diz:"Ele é Deus e não há outro deus senão Ele, Que conhece o invisível e o visível. Ele é o Clemente, o Misericordioso!Ele é Deus e não há outro deus senão ele. Ele é o Soberano, o Santo, a Paz, o Fiel, o Vigilante, o Poderoso, o Forte, o Grande! Que Deus seja louvado acima dos que os homens Lhe associam!
Ele é Deus, o Criador, o Inovador, o Formador! Para ele os epítetos mais belos" (59, 22-24).
Visão Judaica
O judaísmo é uma das mais antigas religiões monoteístas conhecidas.O príncipio básico do judaísmo é a unicidade absoluta de YHWH como Deus e Criador, Onipotente, Onisciente, Onipresente, que influencia todo o universo, mas que não pode ser limitado de forma alguma, o que carateriza em idolatria, o pecado mais mortal de acordo com a Torá. A afirmação da crença no monoteísmo manifesta-se na profissão de fé judaica conhecida como Shemá. Assim qualquer tentativa de politeísmo é fortemente rechaçada pelo judaísmo, assim como é proibido seguir ou oferecer prece à outro que não seja YHWH.Conforme o relacionamento de YHWH com Israel, o judaísmo enfatiza certos aspectos da divindade chamando-o por títulos diferenciados (ver Nomes de Deus no Judaísmo).
Frase referida no Torah (Deuteronômio 6:4): "Ouve, ó Israel! O Senhor, nosso Deus, é o único Senhor.
O Islamismo e o Judaísmo consideram o cristianismo uma crença politeísta, independente de crerem ou não na Trindade.
Religiões Dharmicas
Hinduísmo
O Vedas é o livro mais sagrado no Hinduísmo. O mais antigo deles, o Rigveda, datando para mais de 3000 anos atrás, contém evidências da emergência de um pensamento monoteísta.
Sikhismo
O Sikhismo é essensialmente monoteísta, fundada em fins do século XV na região atualmente divida ente o Paquistão e a Índia. Os sikhs acreditam em um Deus, Onisciente, Onipresente, Supremo Criador.

CAPÍTULO 7 - O ATEÍSMO NA HISTÓRIA E NO MUNDO

O ATEÍSMO NA HISTÓRIA E NO MUNDO
O ateísmo é a nossa questão principal, devido ter visto e sentido a confusão existente sobre os deuses e divindades, defendo a forma de pensar do ateu. Vamos agora ver o ateísmo que é o foco da nossa discussão e defesa desse modo de pensar.
O ateísmo ou ateía, procurar não confundir com atéia, feminino de ateu, num sentido lato, refere-se à descrença em qualquer deus, deuses ou entidades divinas. Os ateus podem, contudo, incluir-se em várias modalidades de pensamento, sendo o pensamento ateísta dividido em duas categorias específicas: o ateísmo fraco e o ateísmo forte.
Alguns autores defendem um uso mais restrito do termo, reservando-o apenas para determinados grupos. Assim, não poderiam ser englobados na categoria dos ateus todas as pessoas indecisas quanto a qualquer crença religiosa, o que excluiria do conceito e sua definição aqueles que são designados como ateus fracos. Contudo, é frequente, em discursos orientados por uma religião e cultura específicas, que se considere como ateu todo aquele que não partilhe as mesmas crenças religiosas. Por exemplo, era freqüente que os antigos romanos acusassem os antigos cristãos de ateísmo, justificando assim a sua perseguição. Os textos cristãos, por seu lado, usavam o mesmo termo para classificar os seus perseguidores. Este tipo de discurso ainda é frequente atualmente.
O termo "ateu" é formado pelo prefixo grego a-, significando "ausência" e o radical "teu", derivado do grego theós, significando "deus". O significado literal do termo é, então: "sem deus".
Teísmo é a crença em algum deus, assim, a ausência da crença será o ateísmo (ausência de teísmo).O ateísmo é considerado como uma posição ideológica em relação à crença em deuses. Não pode ser considerado como um tipo específico de religião já que, na maioria das definições aceitas, para que uma dada perspectiva seja classificada como tendo caráter religioso, esta deve ter como elemento central um ou mais deuses, ou entidades divinas. Certas correntes filosóficas podem ser consideradas como ateístas, mas o conceito de ateísmo não se prende a uma filosofia ou religião específica. Devemos lembrar que algumas correntes do Budismo e Jainismo podem ser denominadas ateístas por não apresentarem nenhuma definição de deus, (mas isso é controverso e não devemos confundir Budismo com ateísmo, ou, muito menos, o inverso).
De fato, existem tantos ateus, diferentes entre si, quanto as pessoas de uma dada população, no seu todo. Pelo simples fato de uma pessoa ser atéia, não se pode inferir que esta pessoa esteja alinhada a qualquer crença positiva particular (isto é, que não se limite à ausência de crença) e não implica a aceitação de qualquer sistema filosófico específico. O ateísmo também não é uma visão do mundo ou um modo de vida: existem ateus com os mais diversos gostos musicais, preferências políticas, clubes de futebol, escolhas morais, etc. Além disso, o indivíduo ateu não é necessariamente ligado ao comunismo ou a qualquer outro sistema particular de organização social. Os ateus representam muitas vertentes do espectro político. Obviamente, o fato dos ateus discordarem das idéias de pessoas religiosas não significa que defendam a perseguição dos religiosos - embora algumas correntes políticas tenham optado pela repressão, como na antiga União Soviética, alegando que os religiosos tinham sido cúmplices do regime czarista.
Em discursos contra o ateísmo são, ainda, frequentes algumas acusações infundadas e que entrariam mesmo em contradição com a própria definição do termo. Por exemplo, os ateus não defendem a adoração de Satã, já que a crença em forças demoníacas só faz sentido aceitando-se a existência de deus(es). As crenças típicas da "nova era", ou semelhantes, são também rejeitadas, em princípio, por qualquer ateu.
Em termos gerais, o ateu é visto como alguém que aspira à objetividade e que recusa qualquer dogma. Muitos são céticos. Recusam-se a acreditar em algo por meio da fé, essencialmente e assumidamente irracional. A mesma fé que, sendo o sustentáculo das crenças de grande parte dos teístas, não o é obrigatoriamente: as idéias teístas nem sempre dependem dela. Muitos ateus consideram que a concepção mais frequente de divindade, tal como é apresentada pela maioria das religiões, é essencialmente auto-contraditória, sendo logicamente impossível a sua existência. Outros ateus também podem ser levados a rejeitar a idéia de um deus por estar em desacordo com sua ideologia.
Alguns dos que poderiam ser chamados ateus não se identificam com o termo, preferindo ser chamados de agnósticos, ou seja, ainda que deixem aberta essa possibilidade, não afirmam nem negam a existência de qualquer entidade divina, de modo que não orientam a sua vida ou suas escolhas com base no pressuposto na existência de potências sobrenaturais. Nesse caso, o agnosticismo identificar-se-ia com o "ateísmo fraco". Para muitos, o verdadeiro ateu não aceitaria nenhuma das posições acima, sendo que julga a inexistência de deuses pela impossibilidade física ou lógica dos mesmos. Não abre chance a possibilidades, pois já estaria provada pela natureza em si sua posição. Essa corrente é a também chamada de "ateísmo forte". Em última instância, há vários tipos de ateus e muitas justificativas filosóficas possíveis para o Ateísmo. Desse modo, se quisermos descobrir porque uma pessoa em particular diz ser ateísta, o melhor é perguntar-lhe directamente.
A Encyclopædia Britannica estima que cerca de 2,5% da população mundial se classifica como ateísta. Parte considerável das pessoas, cerca de 12,8%, tende a se descrever como "não-religiosa". O ateísmo é um pouco mais preponderante na Europa e na Rússia do que nos Estados Unidos e raramente se encontra no terceiro mundo (existe, contudo, em Estados que durante a Guerra fria eram considerados do 2º mundo, onde o ateísmo é ideologia oficial do Estado, como a República Popular da China, a Coréia do Norte e Cuba uma elevada percentagem de ateus). De acordo com uma pesquisa de 2003, 33% dos franceses adultos dizem que o termo "ateu" define muito bem sua posição sobre religião. Destaca-se 59% da população da República Checa, que se declara como ateísta.
É possível que o ateísmo esteja mais disseminado do que as pesquisas sugerem. Ateus que expressam abertamente a sua opinião passam frequentemente a carregar um estigma social, correndo o risco de serem discriminados, ou, em alguns países, condenados à morte. Os adeptos de visões teístas julgam aqueles que não professam qualquer crença em divindades como sendo amorais ou não confiáveis - inadequados, portanto, como membros da sociedade. O ateísmo já foi considerado crime em muitas sociedades antigas, sendo-o ainda em algumas da actualidade. As escrituras de muitas religiões condenam os descrentes. Podemos encontrar um exemplo bíblico na história de Amaleque. Na Europa Medieval, o ateísmo era tido como amoral e muitas vezes criminoso; ateus podiam ser sentenciados à morte na fogueira, especialmente em países onde actuava a Inquisição. Enquanto o Protestantismo sofria discriminação e perseguição pela então dominante Igreja Católica Romana, Calvino também defendia a morte de ateus e hereges na fogueira. O fato é que algumas igrejas, seitas ou grupos perseguiram, e ainda hoje perseguem, aqueles que não compartilham de suas interpretações religiosas, perseguindo ateus e teístas - mesmo aqueles que fazem parte da mesma religião mas que se insiram em grupos, seitas ou igrejas com interpretações religiosas distintas.Por outro lado, o ateísmo é, por vezes, a posição oficial de países Comunistas, como a ex-União Soviética, o ex-bloco Oriental e a República Popular da China. Karl Marx, ateu e descendente de rabino judeu, afirmava que religião é "o ópio do povo". Queria com isto afirmar que esta existe para encobrir o verdadeiro estado das coisas numa sociedade, tornando os indivíduos mais receptivos ao controle social e exploração. Concomitantemente, afirmava que a religião era "a alma de um mundo sem alma", querendo assim dizer que a experiência religiosa surgia como uma reação normal de busca de sentido numa realidade social alienante. Doutrinas Marxistas à parte, o fato é que tais estados encontraram um meio de desencorajar todas as religiões no intuito de enfraquecer quaisquer possíveis centros de oposição ao seu completo controle sobre esses estados. Na União Soviética e na República Popular da China, eram toleradas algumas igrejas que se submetiam ao estrito controle do estado. É notável que a resistência ao comunismo frequentemente encontrasse focos em assuntos religiosos, e ao papa João Paulo II é muitas vezes dado o crédito de ter ajudado a terminar com o comunismo no Leste Europeu.
Desde a Segunda Guerra Mundial, toda formatura militar nos Estados Unidos é acompanhada pelo freqüente uso dos dizeres "Não existem ateus em trincheiras". Durante a Guerra Fria, o fato dos inimigos dos EUA serem oficialmente ateus ("Comunistas sem deus") somou-se à visão de que ateus não são confiáveis nem patriotas. Recentemente na campanha presidencial de 1987 nos (oficialmente seculares) EUA, George H. W. Bush disse "não sei se ateus deveriam ser considerados como cidadãos nem como patriotas. Essa é uma nação sob Deus." Declarações similares foram feitas durante a discussão que cercava a inclusão da frase "sob Deus" no Juramento de Lealdade Americano, palavras que foram adicionadas ao juramento no início do período da Guerra Fria.Apesar das atitudes do período de Guerra Fria, os ateus são legalmente protegidos da discriminação nos EUA e são os mais fortes advogados da separação legal entre igreja e Estado. Os tribunais americanos regularmente - se não controversalmente - interpretam o requisito constitucional em relação à separação entre igreja e Estado como sendo protetor da liberdade dos descrentes, e também proibindo o estabelecimento de qualquer estado religioso. Os ateus muitas vezes resumem a situação legal com a frase: "Liberdade religiosa também significa liberdade da não religião."Em um nível mais profundo de discussão, ateísmo e fé não são auto-excludentes. O ponto controverso é a hipótese-deus. Ambos, ateu e o religioso de uma denominação qualquer, podem basear concepções sem uma fundamentação completa. Assim, um cidadão comum, medianamente bem-informado, pode acreditar na dualidade onda-partícula, ainda que não tenha a bagagem necessária para investigar os pressupostos em que ela se baseia. A diferença em relação à religião está no fato de que esta última não tolera investigações; sua base dogmática não é questionável sequer nos círculos mais estritos. Exemplo disso é a hierarquia de igreja católica e as sanções aplicáveis aqueles que ousam levantar hipóteses. Em religião, dogmas são menos negociáveis do que em ciência.O catecismo, exercido sobre crianças que aceitam igualmente deus e papai-noel, é um dos pontos considerados mais delicados da discussão sobre religião. Os limites entre fé legítima e defesa da doutrinação recebida tornam-se difusos: o indivíduo é impregnado pela família e pelo grupo social de uma cultura que não teve a oportunidade de escolher ou recusar. Logicamente, dificilmente terá uma base de análise e argumentação que lhe permita discutir livre e conscientemente o assunto - sejam pinturas na parede da caverna, seja um elaborado ritual em uma catedral. Por fim - e surpreendentemente - argumentos como "falta de fé" e mesmo "influência demoníaca" são empregados com grande freqüência. Cabe notar que esse retorno a um pensamento medieval é mais visível em certas denominações religiosas do que outras.Para muitos agnósticos e ateus fracos, tanto o teísta quanto o ateu forte estariam baseando suas afirmações na fé, e não no conhecimento. Segue abaixo um pequeno resumo de argumentos acerca da idéia, (aqui o termo ateu será usado como sinônimo de ateu forte).
O ateísmo não é uma crença apoiada em dogmas: ele acabaria se surgisse uma prova irrefutável da existência de entidades divinas.Nada impede que muitos teístas afirmem que abandonariam suas crenças caso fique provado que seu deus não existe. Isso não faz com que eles deixem de estar apoiados na fé.É a crença na existência de algo sem que existam provas a esse respeito que é inaceitável e não o contrário, ou seja, caso não se possa provar que algo existe, deve-se partir do pressuposto de que esse algo não existe. A descrença dos ateus não é equivalente a uma crença, uma vez que o ateísmo só existe como conseqüência da falta de provas e indícios favoráveis à existência de deuses.
É notadamente uma falácia afirmar que, porque uma coisa não foi provada como verdadeira deve ser necessariamente falsa. Para a ciência, todo aquele que afirma algo sobre a realidade passa a ter o ônus da prova. Tanto pessoas que afirmem que um deus existe quanto aquelas que afirmam não haver deuses precisam apresentar provas daquilo que estão dizendo.
A inexistência de deus não precisa ser provada porque, da maneira como é apresentada pela maioria das religiões, é essencialmente auto-contraditória. Seria logicamente impossível que tal deus exista. A lógica é freqüentemente usada tanto para tentar negar, quanto para tentar provar a existência de um criador. Até mesmo o pressuposto de que a lógica seria capaz de concluir pela existência ou não de um deus é algo questionável.
Essa discussão tem muitas facetas e envolvem desde discussões epistemológicas até a própria definição de termos como fé e crença. Não parece provável que surja uma resposta consensual no futuro próximo.